sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Lost?




Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I will cross

Just because I'm hurting
Doesn't mean I'm hurt
Doesn't mean I didn't get what I deserve
No better and no worse

I just got lost
Every river that I've tried to cross
And every door I ever tried was locked
Oh, and I'm just waiting 'till the shine wears off.

You might be a big fish
In a little pond

Doesn't mean you've won
'Cause along may come
A bigger one
And you'll be lost

Every river that you tried to cross
Every gun you ever held went off
Oh, and I'm just waiting 'till the firing starts
Oh, and I'm just waiting 'till the shine wears off
Oh, and I'm just waiting 'till the shine wears off

Oh, and I'm just waiting 'till the shine wears off
Oh, and I'm just waiting 'till the shine wears off.

Ainda a propósito do post 'Irrrrra!'

Um destes dias e durante uma entrevista cuja empresa não interessa dizer o nome, preenchi um questionário no mínimo interessante. A seguir à informação dos dados pessoais, académicos e respeitantes à experiência profissional do costume, eis que nos era solicitado classificar numa escala de 1 a 3, vários itens tais como o nosso grau de inteligência (achei piada particularmente a este), a nossa capacidade de comunicação e sei-lá-eu-que-mais, mas o meu preferido foi definitivamente o referente à capacidade financeira de quem se candidatava ao lugar e que rezava assim:
''O negócio em causa não tem resultados imediatos. O candidato deverá ter poupança suficiente para um período mínimo de três meses.''

É que é lindo, não é? Eu pessoalmente achei lindo de morrer.

Frases da minha vida # 34

A sabedoria jamais investe contra os muros de ferro que não pode deitar abaixo...

Olive Schreiner (1855-1920)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Irrrrra!

Qualquer dia destes ainda temos de pagar para nos deixarem trabalhar.

Nunca-digas-nunca

Esta coisa do nunca-digas-nunca, tem muito que se lhe diga. Ainda me lembro, que em miúda e em dias de chuva, me faziam calçar umas coisas que eu achava horrendas e que me faziam sentir envergonhada perante as amigas até dizer chega: nada mais, nada menos que umas galochas. As minhas até eram azul-bebé  todas pipis mas eu detestava-as na mesma.
Hoje, vá-se lá saber porquê, abri os estores e parece-me que talvez não fôsse má idéia adquirir umas destas, da Hunter claro, em preto e até em côr-de-rosa para quebrar a monotonia do dia-a-dia.








terça-feira, 16 de outubro de 2012

Do inevitável

A publicidade destes senhores é inevitavelmente uma das melhores.

Decididamente, é esperar pelos próximos capítulos.

O meu início de dia ontem


Starbucks à meia-luz e praticamente vazio, som chill-out de fundo, latte com um toque de caramelo, meia torrada, pôr alguma leitura em dia e a minha companhia de sempre para onde quer que vá, o clássico caderno de notas.
Tratar dos mails pendentes, enviar mais uns quantos que isto de voltar a procurar emprego nos dias que correm não é propriamente uma maravilha, pesquisar workshops, ter 1001 idéias e agora pô-las em prática e esperar que de alguma forma, um dia destes, resultem.


Agustina Bessa Luís

sábado, 13 de outubro de 2012

Basicamente...é isto!

«Quando o Governo subiu o IVA de 13 para 23% na restauração, António, temendo as consequências da subida de preços no seu pequeno restaurante de Campo de Ourique, resolveu encaixar ele o aumento...
sem o repercutir no preço das refeições. Aguentou até poder, mas mesmo assim a clientela começou a baixar lentamente: parte dela, que lhe assegurava umas trinta refeições ao almoço e metade disso ao jantar, era composta por funcionários públicos, que trabalhavam ali ao lado e cujos salários e subsídios tinham diminuído, com a medida destinada a satisfazer as condições do "ajustamento" da economia.

Quando reparou que Bernardo, um cliente fiel e diário, tinha passado a frequentar os seus almoços apenas três vezes por semana, António tomou aquilo como sinal dos tempos que ai vinham: sem outra alternativa, despediu a ajudante de cozinha, ficando apenas ele e a mulher no serviço de balcão e mesas e, lá dentro, um cozinheiro sem ajudante. Mas a seguir notou que também Carolina e Deolinda, que vinham almoçar umas três vezes por semana, agora vinham apenas uma e pouco mais comiam do que saladas ou ovos mexidos. Em desespero, teve de subir os preços e Eduardo, um reformado cuja pensão tinha diminuído, desapareceu de vez. Foi forçado a cortar drasticamente nas compras a Francisco, o seu fornecedor de peixe, e a atrasar-lhe os pagamentos: com cinco outros restaurantes, seus clientes, na mesma situação, Francisco viu o seu lucro reduzido a zero e optou por fechar a sua pequena empresa e inscrever-se no Fundo de Desemprego.

Mais tarde, quando Gaspar, o ministro das Finanças, anunciou mais um aumento do IRS e declarou que o "ajustamento" não se faria através do consumo interno, também Bernardo desapareceu para sempre e, depois de três meses sentado na sala vazia, dando voltas a cabeça com a mulher e tendo ambos concluído que já era tarde para emigrarem, António tomou a decisão mais triste da sua vida, encerrando o restaurante Esperança de Campo de Ourique e indo os dois engrossar também o rol dos desempregados a conta do Estado.

Apesar de ter gasto parte, agora importante, das suas poupanças de anos a anunciar o trespasse, António não conseguiu que ninguém lhe ficasse com o estabelecimento e não lhe restou alternativa senão entrega-lo ao senhorio Henrique, para não ter de pagar mais rendas. Quando desabou, demolidor, o novo aumento do IMI, já Henrique tinha desistido de conseguir alugar o espaço ou mesmo vender o imóvel: não pagou e deixou que as Finanças lhe levassem o prédio.

Assim se concluiu, neste pequeno microcosmos económico de Campo de Ourique, o processo de "ajustamento" da economia portuguesa: vários trabalhadores reconvertidos a marmita, cinco outros desempregados, duas pequenas empresas encerradas e um senhorio desprovido da sua propriedade.

Nessa altura, Gaspar, Rufus e Selassie deram-se conta, com espanto, de várias coisas que não vinham nos livros: que, apesar de aumentarem sistematicamente a carga fiscal, podia acontecer que a receita do Estado diminuísse; que os sacrifícios sem sentido implicavam mais recessão e a recessão custava mais caro ao Estado, sob a forma de mais subsídios de desemprego a pagar; que uma e outra coisa juntas não tinham permitido, ao contrário das suas previsões, diminuir o défice ou a dívida do Estado; e que o que mantinha o país a funcionar não eram as grandes empresas e grupos económicos protegidos, nem sequer os 7% de empresas exportadoras, mas sim os 93% de empresas dirigidas ao mercado interno, que respondiam pela esmagadora maioria dos empregos e atendiam as necessidades da vida corrente das pessoas comuns.

E, passeando melancolicamente nos jardins de Yale, numa chuvosa manhã de Thanksgiving, Rufus e Selassie deram com um velho cartaz colado a uma parede, desde os tempos da primeira campanha eleitoral de Bill Clinton: "É a economia, estúpidos!"»

Miguel Sousa Tavares (in Expresso, 29/9/2012)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Se eu estivesse aqui...

...também não precisava dos doces para nada!


Do signo Touro

Pois que a minha memória de vez em quando já me trama, que esta coisa da idade não perdoa e confesso que neste momento não me recordo se já partilhei isto com as pessoas que aqui me aturam, pelo que aqui vai, para alguns novamente, para outros, nem por isso.
Vi aqui há tempos um artigo na revista Activa com o sugestivo título 'A Dieta do Zodíaco' e como não poderia deixar de ser, não resisti a dar uma espreitadela ao meu signo e dizia assim:


Uma dieta não é só uma dieta: é o fim do mundo. O Touro é o signo com uma relação mais forte com a comida e os seus prazeres, e custa-lhe horrores esquecer que existem profiteroles nesta vida. Levantar-se do sofá também não faz lá muito parte do seu estilo de vida. Como, por outro lado, é imensamente teimoso, pode pôr a teimosia a seu favor e decidir mesmo que quer fazer dieta. E quando um Touro decide qualquer coisa, não há quem o ‘des-decida’.
Tipo de dieta: Hmmmmm... Infelizmente, não descobrimos nenhuma que inclua fondant de chocolate, queijo da serra e bacalhau com natas, mas não tem de passar fome. A melhor dieta para um Touro é a que inclua comer pouco de cada vez mas muitas vezes, e um dia por semana para fazer asneiras. Entretanto, ele próprio se encarregará de descobrir variações ‘light’ de receitas tradicionais.

Mas é que só não concordo com a parte do sofá porque de resto bate tudo certo, para mal dos meus pecados. E porque sou assumidamente taurina, não é que eu esteja gorda, à conta da gulodice que atribuo ao meu signo, estou mesmo é gorrrdalhona, marmota, bolinha de jardim, bem mais cheinha e redondinha ( e isto sou eu a ser simpática) do que em qualquer das minhas duas gravidezes, estou oficialmente, no chamado modo 'Lontra Amália' porque não me esforço, porque teimei algures que tenho de enfardar doces à maluca e como se não houvesse amanhã.
Todos os santos dias prometo a mim própria que não vou enfardar chocolates, bolos, doces e mais docinhos e todas as vezes acabo inevitavelmete por arranjar (mais) uma desculpa e adiar o início da dieta para o dia seguinte. Vestir-me começa a estar próximo de fazer uma sessão de exercício físico como se faz na tropa, é cá uma luta para me meter dentro dumas calças de ganga que nem tenho palavras, o que sei é que depois de as vestir nem consigo respirar, fico a ponto de sufocar e só tenho alívio quando as tiro. Ora pois que é aborrecido...se não tomo rapidamente uma decisão definitiva (e não falo apenas no que respeita à questão estética), qualquer dia não passo pelas portas cá de casa ou ainda fico presa e entalada, ao vivo e a cores, num local perto de quem está a ler esta ladainha.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Mas o que é que eu agora vou fazer da vida???

Estou há que tempos à procura em tudo o que supermercado, merceariazeca e grandes superfícies sejam elas de que cadeia fôrem, de chocolate em pó da Cadbury's - o mítico Cadbury Drinking Chocolate. Era precisamente com este produto-mais-que-maravilha, que um dos bolos de chocolate mais especiais aqui do sítio era confeccionado.
Ora pois que fartinha que estava de andar à procura e entre 1001 boatos que me chegavam aos ouvidos em como a fábrica tinha encerrado, a marca estaria a renovar a sua imagem, eu-sei-lá-o-que-mais, resolvi enviar um email a quem de direito (à marca, pois claro). Antes de mais, devo dizer que o serviço de apoio ao consumidor foi bastante célere a responder-me considerando que pedi a informação no sábado e hoje, 2ª feira, obtive a resposta. Só há um pequeno problema, fiquei a saber para mal dos meus pecados, que o melhor chocolate em pó do meu mundo, já não se comercializa?!?! Foi o chamado murro no estômago. 
Pior do que isto só mesmo se o cadbury dairy milk também fôr à vida. Era de cortar os pulsos, no mínimo.

Deixo-vos a imagem da caixa para quem como eu vai sentir falta disto como tudo.