domingo, 25 de agosto de 2013

O que ainda não fiz

Algures entre a serendipidade e a magia, a mente fervilha com novos projectos, novas possibilidades para o imediato, para o futuro, quem sabe...?
E é grande a empolgação que agir com o coração nos traz. 
Torna-se imperativo organizar idéias, definir rumos, traçar metas. 
Um sem fim de decisões que cabem maioritariamente a uma pessoa. Confiar no que se faz e no que se quer fazer, ter motivação (muita) e atitude positiva (sempre). 
E como não poderia deixar de ser, o enorme prazer de fazer o que se gosta. 
Reinventar o dia-a-dia e pisar firme (ainda que com passinhos de bebé) o presente entre tentativas e erros. 
''Correr Atrás'' como dizem os brasileiros.
É este o espírito. 



Vejo, logo existo

Sou um visual. O que na memória trago, trago-o visualmente, se susceptível é de assim ser trazido. Mesmo ao querer evocar em mim uma qualquer voz, um perfume qualquer, não evito que antes que ela ou ele me vislumbre no horizonte do espírito, me apareça à visão rememorativa a pessoa que fala, a coisa donde o perfume partiu. Não dou isto por absolutamente certo; pode ser que, radicada em mim de vez a persuasão de que sou um visual, no lugar final do sofisma que é a escuridão íntima do ser me fosse desde então impossível evitar que a ideia de que sou um visual não levantasse imediatamente uma imagem falsamente inspiradora. Seja como for, o menos que sou, é um visual predominantemente. Vejo, e vendo, vivo.

Fernando Pessoa, 'Inéditos'

Doce encantamento

gosto de praia. da brisa, do mar, do areal. de enterrar os pés na areia, da mesma que se escapa entre os dedos das mãos enquanto é alisada qual jardim zen. de ver os grãos serem levados pelo vento que sopra para voltarem suavemente ao manto que se prolonga. de fechar os olhos e sentir o sol no rosto e no corpo. de ouvir o vaivém das ondas e embalar-me nelas até mais não. do aroma a maresia. de apanhar as conchas que vão aparecendo umas meio envergonhadas outras nem por isso, de fazer bolos, bolinhos e castelos na areia. do doce prazer de ler os meus livros neste paraíso. e no regresso a casa, sentir no corpo e na alma o bem que me fez o dia.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

...

A vida recomeça todos os dias.
Resolve-se sozinha, de uma forma ou de outra.
Esta é inevitavelmente a parte positiva do 'inesperado' dos dias.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Música boa onda # 22

Bom, bom mas bom.

A propósito da segurança nas arribas

''Se me vierem dizer que eu estou mal aqui então toda essa gente está mal.''

Ouvi esta pérola no Primeiro Jornal da Sic de 5 de Agosto.
Fiquei parva e quase desfaleci com tamanha estupidez e falta de amor à vida
Para esta personagem, o importante não é a probabilidade de levar com a arriba em cima do lombo. O que importa (mesmo) é que não é o único que está mal. 
Isso é que é o importante.
Ai, povo que lavas no rio.