...esta fase natalícia dá cabo de mim. Mesmo sem iluminações nas ruas (parece tudo menos Natal), as pessoas andam como loucas, autênticas baratas tontas à procura não sei do quê (sinceramente acho que nem elas sabem) para comprar porque o que interessa é mesmo comprar. Com crise ou sem ela, não interessa. Não querendo parecer anti-natal, faz-me uma certa confusão e mexe (bastante) com o meu sistema. Compram tudo à grande, à bruta mesmo, compram comida como se não houvesse amanhã e tivessem de comer tudo em dois dias. O exagero da coisa enerva-me. Sim, confesso que me faz confusão que algumas pessoas comam e bebam como alarves quando outros morrem de fome. Os anos vão passando e eu continuo sem entender, com a agravante que agora me incomoda. Tenho duas crianças pelo que o Natal para além de ser para todos, é fundamentalmente para elas mas nem nesse caso arranjo desculpa para andar por aí feita louca. Não vou encetar nenhum discurso redundante daqueles do género, é Natal por isso os valores que realmente importam são outros e não aquilo que faz parte do universo material, blá, blá, blá, já toda a malta sabe que é isso que importa e quem não sabe, já tinha obrigação de saber. Também eu gosto de oferecer presentes, com o passar dos anos, mais até do que receber mas gosto de oferecer coisas especiais, repletas de significado para quem as recebe, sejam as minhas filhas, seja o meu querido, mãe ou uma amiga. Não dou pelos simples acto de o fazer e para mim não existe uma altura calendarizada para oferecer (sou assim um cadinho contra a corrente), posso fazê-lo durante o ano inteiro quando ninguém está à espera, sabe-me bem surpreender os outros. Este ano e por razões que não vale a pena repetir, vou fazer parte do grupo que só oferece presentes às crianças, esses seres encantados pela aura natalícia que sorriem de uma forma única e especial ao abrir os embrulhos. Houve no entanto, uma excepção, apenas um miminho para alguém que me é muito especial e que tem feito parte da minha vida por razões menos felizes.
Por tudo isto e pela parte que me toca, deviam decretar o Natal Zen obrigatoriamente e já a partir deste ano.
Ver se para o ano me sai o Euromilhões e compro uma casita no Alentejo (com lareira) e tenho finalmente o Natal pelo qual sempre ansiei. Era muito bem feito!!!
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