Um dia especial

Hoje a minha piolha mais crescida faz anos (12?! anos que passaram literalmente, a voar).

Foi um almoço só de raparigas: eu, a aniversariante pré-adolescente e piolha mais pakanina.

Há dias que deviam durar para sempre. 

Dias como o de hoje, bons e doces como nuvens e mais nuvens de farófias

Doze anos antes, estava esta aqui que vos escreve, a tremer de medo (sou assumidamente maricas) em plena mesa de operações. Até ofereci a minha vez quando me chamaram mas não me fizeram a vontade  pelo que a minha primogénita nasceu às 19.13H depois de cerca de meia-hora a ouvir música de fundo e a chatear o meu médico. É que cesarianas sob anestesia epidural são muito giras e porreiras mas com pessoal como eu acaba por ser tramado para quem está lá dentro a aturar-me. Parecia um clone do burro do Shrek: Falta muito? (...) Falta muiiito?...mas falta muitooo? E isto 'só' de 2 em 2 minutos.

Mas depois ultrapassa-se a mariquice e o que interessa mesmo é o nosso bebé novinho em folha e de ar fofo e queriducho como só os bebés são. Tão indefesos e tão dependentes de nós. 

No meu caso, já fiz duas cesarianas, as duas na mesma sala de operações e as duas com o mesmo obstetra (coitado) e é assim mesmo, a seguir já passou tudo (ou quase tudo). Presumo que nos partos normais também se verifique este fenómeno amnésico. 

Mas adiante, filhota, que sejas sempre muito feliz.

*Cupcake azul para quem como tu gosta tanto desta cor.