terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dos nossos vícios e afins

É sempre mais fácil não fazer nada. Sempre foi. Adiar indefinidamente uma decisão que sabemos imprescindível, inevitável e à qual não existe fuga possível. Cair numa inércia doentia e destrutiva. O chamado círculo vicioso. Interminável. Enfim...é isto que fazemos a nós próprios de cada vez que hesitamos, que temos medo de alterar velhos hábitos e teimamos em proceder de igual forma, dia após dia, numa guerra constante com a nossa consciência. As batalhas que travamos connosco são as piores que existem. 
O diabo está nos pormenores, diz certo provérbio alemão (salvo erro). Eu concordo e acrescento: o diabo está nos pormenores e nos hábitos que criamos e que se colam a nós ao ponto de fazerem parte de nós e não conseguirmos distinguir um do outro.
Mudar determinados hábitos assusta a alma, mete medo como o caraças, é difícil, doloroso e complicado. Arranjam-se desculpas diárias, contornamos tudo e todos e quando damos por nós, não somos sequer a sombra do que um dia imginámos chegar a ser. Prometemos e juramos, a nós próprios, vezes sem conta, que hoje é que é o dia, que hoje é que vai ser mas...nunca é...fica sempre para o dia seguinte e assim sucessivamente. A cada dia que passa, a cada 'derrota' que acrescentamos ao nosso já vasto currículo, vamos ficando exaustos mas continuamos a fazer o mesmo...afinal é mais forte do que nós, parece ser ou seremos nós que encapotamos o que nos interessa? Sinceramente, não sei...
Hoje podia ter sido o dia. 
Não foi. 
A zona de conforto levou a melhor...mais uma vez.

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