Diálogo giro entre marido e mulher

Quem nos conhece sabe que isto é uma casa de doidos. A sério. Mas de vez em quando até tem piadinha.
O rezinga (o nosso único espécime masculino, tadinho) cá de casa teve a infelicidade de fazer um comentário que digamos, me incomodou ou eu me fiz de incomodada (por vezes dá jeito).
O Shifu começou a choramingar e foi qualquer coisa deste género:
Eu vou buscar o Shifu à cama, dizia o piolho mais velho. Não, vou eu, dizia o papá do Shifu. E assim ía a linda e saudável competição pelo bebé cá do sítio quando o rezinga (que também gosta de se fazer de vítima pois também dá jeito) dispara esta pérola: Ok, só sou pai quando é conveniente. Pois que levou logo com a minha expressão facial mais séria.
Ora que nesse preciso momento tive a infelicidade de 'sacar' de uma tablete de chocolate (este vício ainda me há de matar) e o meu querido, meu lindo que é contra este meu vício, pergunta-me de imediato: Não me digas que estás com o astral em baixo e que por essa razão vais comer chocolate outra vez? Ainda ontem te comprei um enorme e tu és sempre a mesma coisa, blá, blá, blá.
Eu que sou uma rapariga com uma lata desgraçada disse-lhe com o ar mais inocente, que tinha comprado a tablete durante a tarde porque JÁ sabia de antemão o comentário desagradável que ele iria fazer à noite.
É preciso ter uma latosa do caraças. Mas o rezinga quando me viu / ouviu dizer aquilo, desatou às gargalhadas. Mas daquelas que são sentidas, verdadeiras e que sabem bem até para quem as ouve.
E essa é uma de entre muitas das razões pelas quais eu adoro* o meu rezinga. Tem um sentido de humor quase tão bom quanto o meu, tem um sorriso lindooo e gargalhadas contagiantes.

*Não gosto muito de 'gabar' o maridão que tenho. Passo a explicar: ao longo da minha vida perdi uma data de superstições mas esta teima em permanecer. Acho que dá um azar tremendo gabarmos o gajo que temos ao nosso lado. E não só. Acho que dá azar gabarmos seja o que fôr que se tenha de bom.